a vítima chega até o fundo do poço em todos os aspectos de sua vida
o psicopata a destituiu do dinheiro
a destituiu da auto-estima e da autoconfiança
a isolou de todo seu sistema de suporte: familiar, relacional e profissional
causou confusão mental, desestruturou seu suporte de valores
inverteu os papeis se fazendo de vítima e ao sobrevivente, de agressor
praticou tortura psicológica
causou trauma semelhante ao de estupro e de sequestro, no entanto, são traumas de longo prazo, e para se recuperar deles também é necessário um longo prazo
colocou em risco a própria sobrevivência da vítima
levou à beira do suicídio, pois qualquer coisa é melhor do que o horror que a vítima vive. Se o suicídio se realizou, foi obra do psicopata: matou a vítima com as mãos da própria vítima.
a saúde física está depredada: depressão, angústia, fadiga adrenal, estresse extremo, falta de nutrientes, fraqueza, muitas vezes anemia
a vítima ou ainda está nas mãos do psicopata e não sabe que é um psicopata, ou já está fora das garras amargando as consequências, ainda não sabe que esteve nas mãos de um psicopata, na grande maioria das vezes
a vítima se sente culpada porque o psicopata a fez se sentir culpada, um meio eficiente de controle e manipulação
o psicopata manobrou para que a vítima fosse desacreditada pelos que a cercam, pela sociedade e pela família
a vítima precisa ser acolhida e seu sofrimento reconhecido, validado
precisa entender nas garras de quem esteve
precisa ser tratada desde a recuperação da saúde física, que na grande maioria é emergencial, até a recuperação da saúde mental.
a vítima passou por quatro (4) estágios no relacionamento com um psicopata: seduzida, amarrada, explorada, abandonada
como requisito básico e primeiro a vítima precisa cortar qualquer contato com o psicopata
o ódio também é um vínculo. O ódio, a raiva precisam ser validados antes de serem soltos, e a vítima se liberar deles.
reconhecer quem pode ouvir você e desabafar quantas vezes forem necessárias, repetir quantas vezes forem necessárias até limpar seu sistema desse lixo todo
após o atendimento emergencial, a recuperação exige tempo e um intenso trabalho interior
é uma oportunidade de revisitar suas vulnerabilidades e se fortalecer
aprender a fazer distinções entre ser bom e ser bonzinho
aprender a conhecer seus traumas infantis que levam à submissão a figuras autoritárias e não bondosas
soltar a necessidade de aprovação de uma figura externa
soltar-se da síndrome de menino/menina bonzinhos, que precisam agradar os pais para serem amados
soltar qualquer necessidade externa de aprovação
assumir responsabilidade plena por sua vida, inclusive pela armadilha na qual caiu sem saber
entrar no processo de criação de uma nova vida com base da vivência de quase morte que o psicopata lhe proporcionou