![\"vulnerabilidade\"](\"https:\/\/i0.wp.com\/psicopatasentrenos.com.br\/wp-content\/uploads\/2016\/08\/vulnerabilidade.jpg?ssl=1\")
<\/a><\/p>\n(inspirada por e interpretando a palestra de Brene Brown<\/strong>[1]<\/a>\u00a0por Julia B\u00e1r\u00e1ny)<\/strong><\/p>\n \u201cNessa palestra, Brene Brown analisa, ap\u00f3s anos de profunda pesquisa, como o fator vulnerabilidade se revela decisivo para as intera\u00e7\u00f5es humanas, o senso de comunidade e, mais amplamente, para a capacidade humana de sentir empatia e pertencimento.\u201d<\/strong><\/p>\n Para n\u00e3o ter ca\u00eddo na armadilha, voc\u00ea deveria ser invulner\u00e1vel. Essa \u00e9 a cren\u00e7a.<\/strong><\/p>\n A realidade \u00e9 bem outra.<\/strong><\/p>\n Conex\u00e3o \u00e9 o que d\u00e1 sentido \u00e0s nossas vidas. Estamos aqui para nos relacionar com os outros. Somos constru\u00eddos neurobiologicamente para nos conectar. O medo de nos desconectar e com isso colocarmos a nossa sobreviv\u00eancia em risco vem da vergonha e do pr\u00f3prio medo. A vergonha se baseia na cren\u00e7a de n\u00e3o sermos bons o bastante. Mas o que fundamenta tudo isso \u00e9 uma angustiante vulnerabilidade. Para que a conex\u00e3o ocorra, \u00e9 preciso permitir que os outros nos vejam. Para deixar que os outros nos vejam, precisamos nos sentir merecedores de aten\u00e7\u00e3o. Para nos sentirmos merecedores de aten\u00e7\u00e3o, precisamos de um sentimento de pertencimento e de amor, de amar e sermos amados. Quem se sente merecedor de pertencimento e de amor \u00e9 porque acredita que merece pertencimento e amor. Portanto, o medo de n\u00e3o merecermos conex\u00e3o \u00e9 o que nos impede de nos conectarmos.<\/strong><\/p>\n Para nos sentirmos merecedores de conex\u00e3o, precisamos de coragem e de compaix\u00e3o. Coragem n\u00e3o \u00e9 ousadia, \u00e9 agir a partir do cora\u00e7\u00e3o. A palavra coragem vem de cor, cordis que \u00e9 cora\u00e7\u00e3o em latim. O significado original de coragem \u00e9 contar sua hist\u00f3ria com a integridade de seu cora\u00e7\u00e3o. Ent\u00e3o, \u00e9 preciso ter coragem de ser imperfeito.<\/strong><\/p>\n \u00c9 preciso ter compaix\u00e3o consigo mesmo primeiro para depois ter compaix\u00e3o para com os outros. Ent\u00e3o a conex\u00e3o acontece como consequ\u00eancia da autenticidade. Isso significa desapegar-se do que voc\u00ea deveria ser e simplesmente ser o que voc\u00ea \u00e9, uma condi\u00e7\u00e3o indispens\u00e1vel para se ter conex\u00e3o. Com isso \u00e9 preciso abra\u00e7ar totalmente a vulnerabilidade. \u00c9 se abrir sem garantias.<\/strong><\/p>\n Vulnerabilidade se fundamenta em vergonha, em merecimento, em pertencimento, mas tamb\u00e9m \u00e9 fonte de alegria, criatividade e amor.<\/strong><\/p>\n Todos n\u00f3s batalhamos com a vulnerabilidade. E o que fazemos com ela? N\u00f3s a anestesiamos. Mas n\u00f3s vivemos num mundo vulner\u00e1vel. Aprendemos a anestesiar nossa vulnerabilidade com d\u00edvidas, comida, v\u00edcios e medicamentos. Mas quando recorremos \u00e0 anestesia, anestesiamos todas as emo\u00e7\u00f5es, pois n\u00e3o d\u00e1 para sermos seletivos nisso. Anestesiamos alegria, anestesiamos gratid\u00e3o, felicidade. O resultado \u00e9 infelicidade, vulnerabilidade, que nos impele a buscar solu\u00e7\u00f5es. Entramos no ciclo de infelicidade, anestesia, mais infelicidade.<\/strong><\/p>\n A anestesia pode ocorrer de v\u00e1rias maneiras, n\u00e3o s\u00f3 pelo v\u00edcio. Podemos tornar certo tudo o que \u00e9 incerto. Podemos nos entregar \u00e0 religi\u00e3o das certezas e abandonar a f\u00e9 e o mist\u00e9rio. Entregamo-nos ao ciclo da culpabiliza\u00e7\u00e3o, que em pesquisa se define como uma maneira de descarregar dor e desconforto. Buscamos a perfei\u00e7\u00e3o.<\/strong><\/p>\n Mas precisamos aceitar a imperfei\u00e7\u00e3o, porque ela \u00e9 real. Perfei\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9.<\/strong><\/p>\n Fingimos que o que fazemos n\u00e3o tem efeito nos outros. S\u00f3 precisamos ser aut\u00eanticos e reais. Reconhecer nossos erros e consert\u00e1-los.<\/strong><\/p>\n \u00c9 preciso deixar que os outros nos vejam de forma profunda e vulner\u00e1vel, amar de todo o cora\u00e7\u00e3o, mesmo sem garantias, o que \u00e9 extremamente dif\u00edcil. Praticar gratid\u00e3o e alegria.<\/strong><\/p>\n Ser vulner\u00e1vel \u00e9 estar vivo. Acreditar que somos suficientes. Porque ent\u00e3o paramos de gritar e passamos a ser gentis e generosos conosco e gentis e generosos com os outros.<\/strong><\/p>\n \u00a0<\/strong><\/p>\n Aqueles que caem na armadilha do psicopata s\u00e3o seres humanos imperfeitos e vulner\u00e1veis como todos os seres humanos s\u00e3o. Os psicopatas sabem muito bem como usar a imperfei\u00e7\u00e3o e a vulnerabilidade das pessoas a seu favor. Essa \u00e9 a t\u00e9cnica manipulativa desses predadores. Portanto, n\u00e3o podemos nos culpar por sermos imperfeitos e vulner\u00e1veis.<\/strong><\/p>\n Ap\u00f3s uma experi\u00eancia com um psicopata, o sobrevivente, devastado, tem um caminho a percorrer de volta \u00e0 sua humanidade.<\/strong><\/p>\n [1]<\/a> Bren\u00e9 Brown (Palestra em portugu\u00eas <\/strong>https:\/\/www.youtube.com\/watch?v=n7tql5Oxol4<\/a>, originalmente em ingl\u00eas <\/strong>http:\/\/www.ted.com\/talks\/brene_brown_on_vulnerability<\/a>)<\/strong><\/p>\n <\/p>\n (Trecho de nossa futura publica\u00e7\u00e3o: Manual de sobreviv\u00eancia para v\u00edtimas de psicopatas)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" (inspirada por e interpretando a palestra de Brene Brown[1]\u00a0por Julia B\u00e1r\u00e1ny) \u201cNessa palestra, Brene Brown analisa, ap\u00f3s anos de profunda pesquisa, como o fator vulnerabilidade se revela decisivo para as intera\u00e7\u00f5es humanas, o senso de comunidade e, mais amplamente, para a capacidade humana de sentir empatia e pertencimento.\u201d Para n\u00e3o ter ca\u00eddo na armadilha, […]<\/p>\n","protected":false},"author":4,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"jetpack_post_was_ever_published":false,"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"footnotes":"","jetpack_publicize_message":"","jetpack_publicize_feature_enabled":true,"jetpack_social_post_already_shared":true,"jetpack_social_options":{"image_generator_settings":{"template":"highway","enabled":false}}},"categories":[1],"tags":[],"jetpack_publicize_connections":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_shortlink":"https:\/\/wp.me\/p6TSTr-6t","jetpack-related-posts":[{"id":725,"url":"https:\/\/psicopatasentrenos.com.br\/e-possivel-amar-de-novo-depois-de-um-relacionamento-abusivo\/","url_meta":{"origin":401,"position":0},"title":"\u00c9 POSS\u00cdVEL AMAR DE NOVO DEPOIS DE UM RELACIONAMENTO ABUSIVO?","author":"Micaela Hon","date":"8 de agosto de 2017","format":false,"excerpt":"Por J\u00falia B\u00e1r\u00e1ny \u00a0 Meus clientes me perguntam: \u00c9 poss\u00edvel amar de novo depois deste relacionamento abusivo que me fez sofrer tanto e ainda faz? 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