Como se recuperar


  • a vítima chega até o fundo do poço em todos os aspectos de sua vida
  • o psicopata a destituiu do dinheiro
  • a destituiu da auto-estima e da autoconfiança
  • a isolou de todo seu sistema de suporte: familiar, relacional e profissional
  • causou confusão mental, desestruturou seu suporte de valores
  • inverteu os papeis se fazendo de vítima e ao sobrevivente, de agressor
  • praticou tortura psicológica
  • causou trauma semelhante ao de estupro e de sequestro, no entanto, são traumas de longo prazo, e para se recuperar deles também é necessário um longo prazo
  • colocou em risco a própria sobrevivência da vítima
  • levou à beira do suicídio, pois qualquer coisa é melhor do que o horror que a vítima vive. Se o suicídio se realizou, foi obra do psicopata: matou a vítima com as mãos da própria vítima.
  • a saúde física está depredada: depressão, angústia, fadiga adrenal, estresse extremo, falta de nutrientes, fraqueza, muitas vezes anemia
  • a vítima ou ainda está nas mãos do psicopata e não sabe que é um psicopata, ou já está fora das garras amargando as consequências, ainda não sabe que esteve nas mãos de um psicopata, na grande maioria das vezes
  • a vítima se sente culpada porque o psicopata a fez se sentir culpada, um meio eficiente de controle e manipulação
  • o psicopata manobrou para que a vítima fosse desacreditada pelos que a cercam, pela sociedade e pela família
  • a vítima precisa ser acolhida e seu sofrimento reconhecido, validado
  • precisa entender nas garras de quem esteve
  • precisa ser tratada desde a recuperação da saúde física, que na grande maioria é emergencial, até a recuperação da saúde mental.
  • a vítima passou por quatro (4) estágios no relacionamento com um psicopata: seduzida, amarrada, explorada, abandonada
  • como requisito básico e primeiro a vítima precisa cortar qualquer contato com o psicopata
  • o ódio também é um vínculo. O ódio, a raiva precisam ser validados antes de serem soltos, e a vítima se liberar deles.
  • reconhecer quem pode ouvir você e desabafar quantas vezes forem necessárias, repetir quantas vezes forem necessárias até limpar seu sistema desse lixo todo
  • após o atendimento emergencial, a recuperação exige tempo e um intenso trabalho interior
  • é uma oportunidade de revisitar suas vulnerabilidades e se fortalecer
  • aprender a fazer distinções entre ser bom e ser bonzinho
  • aprender a conhecer seus traumas infantis que levam à submissão a figuras autoritárias e não bondosas
  • soltar a necessidade de aprovação de uma figura externa
  • soltar-se da síndrome de menino/menina bonzinhos, que precisam agradar os pais para serem amados
  • soltar qualquer necessidade externa de aprovação
  • assumir responsabilidade plena por sua vida, inclusive pela armadilha na qual caiu sem saber
  • entrar no processo de criação de uma nova vida com base da vivência de quase morte que o psicopata lhe proporcionou